quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Perdido

Em outros tempos algúem eu fui
E agora por mais que eu corra,
O álcool em minha mente apenas flui
Até o derradeiro dia em que eu morra

Como é infeliz essa vida insolente
Nessa ardente ilha sonífera
Quimamos debaixo do sol ardente
Como a velha árvore infrutífera

E logo após tudo é em vão
Tudo acaba no fim da escalada
Carros, dinheiro e aquela mansão
Ambição inútil a troco de nada

É então que notamos o que perdemos,
As coisas simples desta existência
E quando sofremos é que aprendemos
A custa da dor, os frutos da nossa insolência.




ps: Esse poema foi encontrado durante uma edição de postagens. Esse escrito constava quase que integral, com a adição de apenas alguns versos, de momento me causou espanto ter encontrado ele ali, perdido, e logo achei engraçado, pois como efêmera é a vida, pois assim como os poemas perdidos nós perdemos coisas que são de grande importância nas nossas vidas mas não percebemos.
Apocalipse

Tudo isso me assola,
Como pode o ser mundano
Que nem sequer consola,
Ser chamado de humano



Humano pútrido de alma encardida
Ser ignóbil, fruto da providência
Que ao invés de curar, abre mais a ferida
Da terra enferma, que pede clemência.



Mas do pó viestes e vais retornar
Para a dor, o remorso, a tragédia
E quando tudo acabar vais presenciar
Essa melancólica, divina tragédia.



Então tua prole sofrerá também
O choro da angústia reinará no teu ser
Por tua imprudência morrerão outros cem,
E vai ecoar o grito dos mortos na mente, enquanto tu viver.