sexta-feira, 13 de março de 2009

Ímpetos de um falso poeta

Se na tristeza de meus versos
Encontras a existência do teu ser,
Saibas que meus devaneios dispersos
São a personificação do meu sofrer.

E se sofro, é por causas improváveis
De seres que destruíram o que me é de estima
E meus alicerces, antes inabaláveis
Agora tremem, diante da reles neblina.

Pois a tempestade castigou,
Lavou de sangue as minhas mãos,
Corrompeu, e por tantas vezes humilhou.
Minha loucura hoje é o meu estado são.

Portanto grito, estridentemente
Para que todos ouçam a minha agonia
E que morram todos, se aparentemente
Sentem prazer em ver minha agnia.

E que ardam todos, enquanto bebes
Se ferirem teu eu-lírico
Que belas coisas escreves
Sobre o teu viver empírico.