sábado, 7 de fevereiro de 2009

Devaneio Noturno

Noite calma e sombria
Que bons ventos tazes pra mim?
Prenuncios de mais uma Guerra Fria
Ou a morte que chega enfim?

Tua mão é suave em minha fronte
Como a carícia suave da mulher amada
Teu segredo oculto quero que me conte,
E minha alma em ti estará salvaguardada

Tu que é mãe dos corações errantes
Dos poetas, dos loucos e apaixonados
Serves como o melhor dos calmantes
E leito de morte dos agoniados

Toda essa gente é servil,
A ti, gigante como o Golias derrotado
E como a bela moça sempre gentil
Retribuis com carinho, aos loucos desse navio naufragado

E nessa marcha insana todos prosseguem
Bebendo, gritando e bradando selvagens
homens e mulheres, com afinco perseguem
A noite sedutora, em infinitas viagens.