Insânia
E quando resolvo romper o véu da sanidade,
Percebo que me liberto.
Sinto o vento quente da liberdade
Rasgar a carne de meu peito aberto.
Mas ainda sim me sinto em grilhões
Tão pesados quanto o fardo que suporto
Sinto em minha carne ferroadas. Insidiosos zangões!
E no álcool extasiante, extenuado me conforto.
Minha mente é um turbilhão
De pensamentos dexconexos, absurdos,
E sigo a falar, como sempre em vão
A essa massa de seres por nascença surdos.
Ou não houvem por não querer saber
O que me aflige, causa de minha insânia
Não há ânimo que conforte o meu ser
E nessas horas, lembro a frase de Bethânia:
"Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó"
1 Comentários:
Acho que vivemos mais do lado da insânia do que do lado da sanidade.
Preciso dizer que ficou maravilhoso? ahsiahis =)
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