quarta-feira, 4 de março de 2009

Insânia


E quando resolvo romper o véu da sanidade,
Percebo que me liberto.
Sinto o vento quente da liberdade
Rasgar a carne de meu peito aberto.


Mas ainda sim me sinto em grilhões
Tão pesados quanto o fardo que suporto
Sinto em minha carne ferroadas. Insidiosos zangões!
E no álcool extasiante, extenuado me conforto.


Minha mente é um turbilhão
De pensamentos dexconexos, absurdos,
E sigo a falar, como sempre em vão
A essa massa de seres por nascença surdos.


Ou não houvem por não querer saber
O que me aflige, causa de minha insânia
Não há ânimo que conforte o meu ser
E nessas horas, lembro a frase de Bethânia:


"Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó"

1 Comentários:

Blogger Suellen Rubira disse...

Acho que vivemos mais do lado da insânia do que do lado da sanidade.

Preciso dizer que ficou maravilhoso? ahsiahis =)

5 de março de 2009 às 07:18  

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