terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Réprobo
Só me restou o desamor, o desencanto
A dor sufocante que agora me acompanha,
E as lágrimas ardentes do meu pranto
Que o meu rosto sem piedade arranha

A chuva escorre calma pela janela
Como a criança que brinca livremente
Provando-me que a vida é bela,
Mostrando que o erro é meu, infelizmente.

Quisera agora ter um afago amigo
Para curar meu coração aflito
Livrar-me desse constante perigo
E dizer que o amor para mim não é restrito.

Resta-me agora essa angústia inquietante
Fruto de uma vida descartável
Aliada ao torpor alienante,
Tornando minha existência indesejável.

5 Comentários:

Blogger Suellen Rubira disse...

Obrigada por esse "espelho"... mesmo sem ter sido intencional! Metafísico, quem sabe!

Baita poema. Parabéns.

3 de fevereiro de 2009 às 19:05  
Anonymous Anônimo disse...

pesado...porém fantástico ..me identifiquei de cara...precisas conhecer a poesia dos Beats...o interessante é que pra vc e para mim os maus momentos trazem maior inspiração...grande abraço.

5 de fevereiro de 2009 às 02:52  
Blogger Mr. Rickes disse...

Muito legal! Já disse isso mas reforço, apesar de deprimente gosto daquilo que escreves.

0/

5 de fevereiro de 2009 às 06:17  
Blogger Suellen Rubira disse...

ahhh os meus melhores momentos poéticos também são os depressivos...acho que a alegria nos entorpece demais pra sentirmos algo... a tristeza já nos deixa mais próximos da realidade... eu nem preciso dizer (de novo!) que adorei!

5 de fevereiro de 2009 às 17:46  
Anonymous Anônimo disse...

Gostaria de saber de quem é a imagem...adoro esses vultos...me parerce uma gravura....lindo.

6 de fevereiro de 2009 às 02:58  

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