segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Prólogo da Musa

Sei que teu corpo exala prazer
Como sabes que prazer quero te dar
Tenho ímpetos difíceis de conter
E uma paixão impossível de aplacar

Mas verdadeiramente distante é
Teu imaculado corpo sentir
Pois estás no topo e eu no sopé
Nem ao menos tua voz daqui posso ouvir

E então o sofrimento chega lento
Arrancando-me lágrimas de tristeza
Anestesiando o intenso desalento
De saber que intangível é a tua beleza

Como é injusta esta terra miserável
Pois não tenho sequer um momento de paz
E minha solidão deveras infindável
Torna-me inútil, porém sagaz.

Mas quem liga para os poetas malditos
Bêbados e cheios de problemas
Repletos de estranhos escritos
Com os mais exóticos fonemas.


(Fotografia de Evgen Bavcar)

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

o Evgen é fantastico e parabéns pelo poema, consegues manter a qualidade em todos que postas...é isso aí garoto...

16 de fevereiro de 2009 às 06:55  
Blogger Mr. Rickes disse...

Cara gostei. Principalmente por falar de mulheres. mesmo sendo depressivo.

0/

16 de fevereiro de 2009 às 07:14  
Blogger Suellen Rubira disse...

"Mas quem liga para os poetas malditos" Eu ligo! heheheh

Eu diria que é um belo poema romântico da segunda geração! =)

16 de fevereiro de 2009 às 20:01  
Blogger Silvana Bronze disse...

Eu disse que tuas mulheres são sempre distantes! Acho inclusive que essa é a magia que te leva a escrever: Não te-las!

17 de fevereiro de 2009 às 12:53  

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