segunda-feira, 9 de março de 2009

Angústia Rouca

Meu verso escapa de tua boca
Assim como o vinho escorre da minha,
Minha voz de tanto gritar, ficou rouca
Gritando por ti, que calada pela estrada caminha.

E pela noite perscruto o que escreves
Absorto a cada linha, cada verso
Sei que nem uma linha sequer deves,
A mim, que possuo pensamentos dispersos.

Porém insistes! Me incitas! Provocas!
Na santidade máxima de teus versos puros,
Tiras da minha boca e na tua colocas
As palavras que me escapam, de poemas obscuros.

E essas garrafas que agora me acompanham
São testemunhas dessa dúvida que me persegue
As pessoas meus pertences apanham,
E tu, meus passos sorrateiramente segue.

Agora fico aqui, nesse abismo sombrio
Aterrorizado pelo fantasmas de minh'alma
Vou ficando por aqui, cansado e com frio
Vou ficando por aqui, antes que eu perca a calma.

4 Comentários:

Blogger Suellen Rubira disse...

Sabe quando tu lê um troço e fica com o olhinho brilhando, tipo com umas lagriminhas querendo sair? Pois é. Despertou isso em mim.

Seu mago de palavras! Adorei.

9 de março de 2009 às 17:44  
Blogger Mr. Rickes disse...

Perde a calma logo! Talvez seja isso que falte.
0/

9 de março de 2009 às 18:28  
Blogger Alice C. disse...

Bah que coisa boa de ler.
duro.denso.verdadeiro.
um tapa na cara.
adorei!

9 de março de 2009 às 21:38  
Anonymous Anônimo disse...

salve Merlim...sem palavras garoto...imagino o que escreveras quando chegares aos 30...salve!

10 de março de 2009 às 05:06  

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