terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Desafeto

Vivo como o feto escarrado
Nas condições do mundo agreste
Em que não vive sequer a peste,
Sinto-me assim por nunca ter sido amado.

Por mim não pagam um tostão,
De certa forma até agradeço
Sei que por justiça não mereço
E aqui permaneço, com meu reprimido coração

Vítima fui de diversas dores
Com vinte anos recém completos,
Já vivi mais desafetos,
Que esses augustos e veneráveis senhores

Continuo então como aquele feto
Descartado no frio hostil. Inútil!
Vou tocando minha vida fútil
Assombrado pelo desafeto.

1 Comentários:

Blogger Suellen Rubira disse...

Essa poesia ainda tem cheirinho de café pra mim! =)

13 de março de 2009 às 13:40  

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