sexta-feira, 20 de março de 2009

Desfecho

Abandono meu casebre em chamas
Desolado apenas corro,
Tropeço em meus pensamentos coberto de lama
E no fim de tudo, morro.

Para onde foram os poetas
Seres loucos e sem razão,
Corroeram as minhas metas
Deturparam meu coração.

Mas que vá tudo para o inferno
Não quero nada, além da fúria
E quando chegar o frio do inverno,
Vou sucumbir quieto, na penúria.

E a depressão enfim me ataca
Sinto-me agora um ser miserável
Ela enfia em meu peito uma estaca,
E eu ajudo, com uma força intragável.

Bebo deste cálice fervente
De angústia, dor, sofrimento
Escorre pelo corpo como o fogo ardente
Para o meu espírito é farto alimento.

Não quero pois, importunar ninguém
Me deixem morrer lentamente,
Por mais benévolo que seja alguém
Quero ver minha vida escapar furtivamente.

E quando nada restar haverá um canto
Em nome daqueles que me queiram
Mas que não derramaram o menor pranto.
Que ardam nas chamas, que infinitamente queimam.

2 Comentários:

Blogger Mr. Rickes disse...

Cara esse poema tá muito eu.

PESADO

heahaaehheaheahaeae

Cara é estranho eu gostar do que escreves, pois não curto rima e nem choradeira(depressão), mas gosto do que escreves.

20 de março de 2009 às 20:24  
Blogger Suellen Rubira disse...

eu achei que tinhas desistido de "abandonar" o blog, mas acho que esse poema diz o contrário. boa partida.

20 de março de 2009 às 20:41  

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